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47 33967210Nascida no bairro Jardim Maluche, Charlotte é uma jovem com síndrome de Down. A síndrome de Down (trissomia do 21 ou SD) é uma alteração genética caracterizada pela presença de um cromossomo extra nas células de um indivíduo. Tal condição causa problemas no desenvolvimento corporal e cognitivo, promovendo características físicas típicas e deficiência intelectual em diferentes graus.
A jovem é casada com Guilherme Hack que também tem Síndrome de Down. Os dois estão inseridos no mercado de trabalho e juntos, costumam praticar atividades de lazer como: ir ao cinema, parques, praias, entre outras atividades corriqueiras.
Ao lado de sua mãe Bernadete Rocha, Charlotte é inspiração para famílias de crianças especiais por todo o Brasil.
"Minha mãe sempre lutou por mim, ela é muito especial. Ela sempre me falou que eu poderia fazer tudo o que eu quisesse e hoje eu me sinto uma pessoa capaz.”- Charlotte.
Charlote em seu treino
Na natação, Charlotte descobriu uma forma de se desenvolver ainda mais e um lazer, “Natação é tudo pra mim, ajuda a minha fala, fortalece meus músculos , melhora minha saúde, adoro esse esporte” diz ela, que já ganhou muitos prêmios, foi, por muitas vezes, campeã do Parajasc. Ficou em primeiro lugar na primeira edição do Special Olympics Brasil, realizada em Mogi das Cruzes, São Paulo, e conquistou ali sua vaga para o Special Olympics World Summer Games, que aconteceu em Xangai, na China, em 2007. Charlotte foi integrante da equipe de natação brasileira e ficou em sétimo lugar no mundial. Sua história de vida é cheia de complicações e é um lindo exemplo de como, com carinho e dedicação, é possível conseguir tudo.
A Escola Charlote, há mais de 25 anos, trabalha com crianças e adultos portadores de necessidades especiais, utilizando o método de reorganização neurológica desenvolvido por Glenn Doman. O método baseia- se no desenvolvimento do potencial humano à partir do estimulo frequente, intenso e duradouro das seis inteligencias naturais do homem, que são: visão, audição, tato, mobilidade, linguagem verbalizada e competência manual.
O estimulo destas seis áreas tem a função de proporcionar que a criança vivencie e passe por todo processo de desenvolvimento que qualquer outra criança passa, porém contando com o auxilio e direcionamento dos profissionais que atuam na escola. As atividades de estimulo realizadas em cada área do programa de segunda a quinta- feira são:
VISÃO:
QUADRO DE LUZ, atividade que consiste em estimular o movimento de dilatação e contração de pupila, que efetua o controle da luminosidade recebida pela retina aumentando o reflexo visomotor, o quê proporciona maior nitidez as imagens, garantindo uma visão melhor.
MOVIMENTO OCULAR: nesta atividade são expostos objetos diferenciados, coloridos ou luminosos, onde os alunos com a cabeça centrada acompanham o movimento do objeto em todas as direções que são colocados.
INTELIGENCIA AUDITIVA:
nesta atividade é desenvolvido um trabalho de reconhecimento e percepção de sons e ritmos, que inclui todos os sons ambientes do nosso dia-a- dia como o som dos pássaros, dos instrumentos, do transito, da chuva, etc., bem como o som das musicas dos mais variados ritmos e segmentos, incluindo musicas de grandes compositores.
TATO:
Os estímulos tácteis melhoram a sensibilidade do tecido dérmico, incluindo as dez camadas da pele. O reflexo de Babinski é geralmente o primeiro a se manifestar mediante ao estimulo no bebê, funciona como um comando de resposta a sensação do toque, portanto é um dos primeiros estímulos oferecidos as crianças que apresentam ausência deste reflexo. Atividades como contraste entre o quente e o frio o áspero e o macio e outras texturas são utilizados para reabilitar esta função.
MOBILIDADE:
PADRONIZAÇÃO CRUZADA: movimentos que estimulam a sincronia dos movimentos da cabeça, pernas e braços em padrão cruzado, o qual será mais tarde utilizado para engatinhar, rastejar e caminhar, estimulando o cérebro a trabalhar a sincronia dos dois hemisférios. Tais informações devem abrir caminho na porção do Mesencéfalo.
RASTEJAR: desenvolvimento da passagem do nível II (ponte de Valório) para o
nível III (mesencefálico).
ENGATINHAR: desenvolver o equilíbrio para atingir a caminhada, excelente estímulo visual e estimulo motor. Com o gato o aluno estará alongando todos os tendões calcaneáres auxiliando muito na escrita.
MACAQUEAR: suspender o corpo sobre as mãos e pés, utilizando a flexibilidade dos braços e pernas, para locomover-se como um macaco no padrão cruzado.
CAMINHAR E CORRER: alcançar o grau de excelência com relação à mobilidade, quando será possível caminhar e correr sem auxilio, no perfeito padrão cruzado, tendo total equilíbrio do corpo, bem como domínio na utilização dos dois hemisférios do cérebro.
RESISTÊNCIA: aumentar o espaço entre as vértebras, impedindo desvios na coluna e a atrofia. Fortalecimento dos braços e estimulação do movimento de preensão com oposição do polegar, de modo que consigam segurar o peso do seu corpo.
BRAQUEAR: agarrar-se nas barras com oposição do polegar, sustentar o peso do próprio corpo e move-lo pelo ar, alternando os braços.
PLANO INCLINADO: estimular a atividade vestibular ativa. Auxilia os alunos a desenvolverem sua consciência corporal, adquirindo mais sensibilidade táctil.
ROLO: despertar consciência corporal.
CAMBALHOTA: desenvolver a consciência do espaço aéreo (caminhada). Ajudando desenvolver a coordenação motora fina (escrita).
ATIVIDADE VESTIBULAR PASSIVA: balanços, giros, atividades aéreas. Promovem a percepção do espaço aéreo, estimula o equilíbrio e a autodefesa. São exercícios que qualquer criança que não tenha nenhuma lesão ou síndrome realiza normalmente em um parquinho, onde tenha balanço, gira-gira, escorregador entre outras.
ATIVIDADE VESTIBULAR ATIVA: o próprio aluno proporciona o domínio do seu corpo no espaço aéreo.
CIRCUITO NEUROLÓGICO: consiste em uma serie de atividades com um tempo cronometrado, cuja meta é realizar todas as atividades num tempo de oito minutos.
LINGUAGEM VERBALIZADA:
As atividades de linguagem verbalizada, são voltadas para o desenvolvimento da fala estimulando os músculos faciais e a vocalização das palavras.
COMPETÊNCIA MANUAL :
Visa aprimorar a motricidade fina com atividades que exigem a concentração da criança para realizar os movimentos com controle e habilidade, como: alinhavos, oposição cortical (movimento de pinça), pintura, escrita, entre outras.
Reorganização Pedagógica
As aulas de reorganização pedagógica têm por objetivo fazer com que a criança compreenda melhor as atividades desenvolvidas na classe regular. Este trabalho foi feito para integrar as duas escolas, revendo a avaliação da criança especial, pois a avaliação deve ser diferenciada, já que a criança apresenta meios diferentes de internalizar conteúdos. As aulas de reorganização pedagógica, juntamente com a reorganização neurológica, ambas aliadas foram de grande valia para o processo de desenvolvimento das crianças. A luta da Escola Charlotte é de incluir as crianças especiais no ensino regular e não somente integrá-las como ser social, mas sim garantir que a criança esteja incluída dentro do processo de desenvolvimento como ser capaz de desenvolver-se plenamente.
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Sua mãe Bernadete Rocha